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No meu barco a remos no meio da imensidão do mar.
Creio que também houve uma bússola. Outrora.
Não remo.
Olho, à deriva, o horizonte.
É esta imensidão que me apazigua a alma.
Ora azul doirada, como convém à esperança.
Ora, agora, cinzenta plúmbea, raios róseos fugidios, lá no alto.
Não me incomoda nem me perturba. O cinzento dos mares e dos céus.
Perturba-me não me saber a mim, não conhecer meu rumo.
Os remos, docemente calados no meu regaço, de nada me servem.
Tal como a bússola de hoje me seria inútil.
A de outrora é que me é necessária.
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Tenho remos e sei remar.
Só não sei o rumo.
Não remo, não quero.
E conforta-me a intimidade solitária do bote que me acolhe.
Só, na imensidade do mar azul-chumbo.
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Boa noite, meu amor.
texto e foto de fernanda s.m.
1 comentário:
tão belo, Amiga...
Mas...
" um raio de sol/acordou o pássaro/acordou a manhã.//
Beijo,
maria
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