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Setembro
Procuro.
Mas a procura já não existe.
O azul doirado tinge de verde sombrio os pinheiros
e, as oliveiras, de cinza prata.
Mas as laranjas, já não as como na falésia, ao longe.
A ilha guarda ainda o seu pessegueiro.
Mas o vizir que se matou novo, por amor,
já lá não está para o ver.
***
Plantámos pessegueiros nas ilhas que habitámos.
Fomos vizires das terras do sul.
Outros comerão as frutas que, juntos, plantámos.
Não nos estava destinado, a nós, prová-las.
Plantámos e morremos.
A minha vida está muito cansada.
Vai sentar-se frente ao mar de prata.
Nada, ninguém, a poderá levantar.
Só tu.Fomos vizires das terras do sul.
Outros comerão as frutas que, juntos, plantámos.
Não nos estava destinado, a nós, prová-las.
Plantámos e morremos.
A minha vida está muito cansada.
Vai sentar-se frente ao mar de prata.
Nada, ninguém, a poderá levantar.
foto e texto:f.s.m.
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