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Outrora, as tuas mãos, a tinta secreta,
uma sinfonia inacabada,
as jóias, o céu, o veludo, o rosto,
o lume espesso.
As madressilvas evolavam-se.
Éramos a semente, o som,
o ópio, a tintura do mar,
a raiz das mandrágoras.
A magia submersa derramava
tatuagens leves.
Era Verão. Tudo chegava demasiado cedo.
Maria do Sameiro Barroso, in « O Corpo Lugar de Exílio »
2 comentários:
No tempo da força dos Blogs (pré-Face) a qualidade era maior - é assim Bj, resistente ! -
Obrigada, Carlos!
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