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Traz-me uma casa do horizonte deserto
lá onde o mar começa
e os meus olhos se fecham
trá-la pela carne da vaga
pedra a pedra conseguida
trá-la vaga, descoberta
de franquia, porta aberta
trá-la de coral e de limos
há-de reluzir nas colinas
há-de crescer de guarida
para quem nela entre e habite
trá-la hoje a hora que o sol posponte
e se veja já no horizonte
janelas, portadas abertas
gente a entrar, a sair delas
encontrando tesouros
fazendo descobertas.
Há séculos que não há caravelas
mas ainda se queimam círios
em muitas casas por dentro
sem rosto sem remetente
sem que um pássaro
possa desabrochar numa flor.
José Ribeiro Marto - in « Pastoreio » , temas originais editora
foto: fernanda s.m.
9 comentários:
muito obrigada pela visita; houve aqui mudanças ou estou enganada ou confundida? está muito bonito, tenho que mudar o link, não é ???
Agora as crianças têm tantos centros de interesse que não conseguem concentrar-se muito tempo em nada, mas não é defeito delas, são os tempos...
beijos.
Não, Renda, não... Este blog é o mesmo : "estrela-da-madrugada" e continuo a manter o "matebarco" também, no multiply...São diferentes !
Obrigada pela sua presença. Beijos.
Fernanda,
Sempre mares a disbravar. Adorei esse vôo.
Um lindo blog, Fernanda. Beijos e obrigada pela presença.
obrigada Estrela. com um belo poema do J.M.
obrigada.
beijo.
Gostei de passar por aqui.
Imagens e palavras a que o sentimento dá coerência....
Melancolia com ameixas e horizontes para perder o olhar...
Voltarei.
Fico muito satisfeita com a vossa visita, Adriana, Dade, Isabel e Antonior.
Agradeço a vossa amabilidade e desejo que me vão visitando.
Bom domingo.
Este blog é lindo como tudo o que nele se posta, ilustra, recorda e revive.Um abraço muito xi-coração.Graça Magalhaes.
Excelentes: texto e imagem.
Mas permita-me que destaque a imagem - sobretudo uma composição magífica!
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