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OUTRA LUA
Outra lua encheu e começa a minguar,
imensa lua de Inverno branca
em desmaiado azul de antemanhã.
Que luz se entranhou nas mãos
e abriu fissuras,
no coração cala o canto
e nos olhos, do choro faz calmaria.
Tão pálida, tão alta. Aprende-se a olhá-la
como fragmento de nós ausente,
espelho de mundo sem espessura.
Uma lua
como se não tornasse a haver Verão.
Soledade Santos
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texto de Soledade Santos - nocturnos com gatos
foto de Eli - novelos de silêncio
5 comentários:
esperando o recomeço anunciado - e como vai tardando! - é meu o privilégio de também aqui reler Soledade Santos.
um beijo grato, Fernanda
eli
*** as duas que me desculpem o atrevimento,mas... isso mesmo, irresistível! vou fazer 'copy/paste' :)))))
A lua veio , e esta aqui prima pela beleza ...
Abraço à Poeta Soledade
E para si Fernanda , um grande abraço também .
Li o seu poste na minha janela, e meditei na perda de meu pai ...
È ....
_________ JRMARTO
Lindo amiga, só quem chora alguém percebe como se fala à lua.
Abraço grande,
Graça Magalhaes
Recebi o postal de natal, que me comoveu, porque, justificando com o tempo que não dá para nada, justificação oca, tenho vindo pouco aqui. A ver se o novo ano nos ajuda a organizar melhor o tempo.
beijos para si e para a Soledade, já agora ...
Ficou tão bonito, com esta formatação e com a foto da Eli! Obrigada, Fernanda. E agradeço também a gentileza de quem comentou.
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