27/03/2010

Nocturnos (1)

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Sobem da noite aromas indecisos.
A primavera rasga o útero de um inverno relutante.
E, por entre águas derradeiras,
este permite, chorando,
que a primavera amanheça.

textos e fotos de fernanda s.m.

2 comentários:

Ana Ramon disse...

Mas não amanhece, Fernanda!
isto para aqui é chuva atrás de chuva, frio que se farta e nada de clima primaveril.
O poema está muito bonito mas neste caso não tem muito a ver com a realidade.
Mas de facto, desde quando é que a poesia se rala com a realidade, não é? :)
Um beijinho grande

fernanda sal m. disse...

Amanhecerá, Ana, amanhecerá... Não faço poemas, escrevo o que está cá dentro naquele momento: acaba por ser realidade. Como não sou "fingidora", não sou poeta...
Grata pela visita e pelas palavras.
Beijos.