26/08/2010

Janela - ( Agostos )

*


Janela

Janela rente ao mar e rente ao tempo
_ Ó mãos poisadas sobre um Junho antigo _
De ano em ano de hora em hora
Caminho para a frente e cega me persigo


Quem me consolará do meu corpo sepultado?

Sophia de Mello B. Andresenin “Geografia”

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As minhas poisadas ficaram sobre um Agosto eterno.
Segurando o coração que se fundiu com o sol
_ que lá no alto do zénite estalava, brilhando_
e me cegou.
Para sempre.


Não sei onde fiquei nem para onde me persigo.


Sei.
Sinto que para sempre me sepultei rente ao mar.
Rente ao tempo.

fernanda s.m. - "Agostos"

5 comentários:

andromeda disse...

Lindo!!!

fernanda sal m. disse...

Obrigada, Andromeda e um abraço.

Fá menor disse...

Belíssima janela!

Gabriela Rocha Martins disse...

terminadas as férias ,e o tempo de "jibóiar" ,retomo a leitura diária dos blogues do meu contentamento .nem sempre comento ( como sabe ) mas todos os dias retenho algo novo ....

...e ,mais uma vez ,sem engano ,perco.me ( achando.me ) por aqui



.
um beijo

rosa maria disse...

Que Agosto lindo nos deixou aqui.
Obrigada.
Mil beijos