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Janela
Janela rente ao mar e rente ao tempo
_ Ó mãos poisadas sobre um Junho antigo _
De ano em ano de hora em hora
Caminho para a frente e cega me persigo
Quem me consolará do meu corpo sepultado?
Sophia de Mello B. Andresen – in “Geografia”
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As minhas poisadas ficaram sobre um Agosto eterno.
Segurando o coração que se fundiu com o sol
_ que lá no alto do zénite estalava, brilhando_
e me cegou.
Para sempre.
Não sei onde fiquei nem para onde me persigo.
Sei.
Sinto que para sempre me sepultei rente ao mar.
Rente ao tempo.
fernanda s.m. - "Agostos"
5 comentários:
Lindo!!!
Obrigada, Andromeda e um abraço.
Belíssima janela!
terminadas as férias ,e o tempo de "jibóiar" ,retomo a leitura diária dos blogues do meu contentamento .nem sempre comento ( como sabe ) mas todos os dias retenho algo novo ....
...e ,mais uma vez ,sem engano ,perco.me ( achando.me ) por aqui
.
um beijo
Que Agosto lindo nos deixou aqui.
Obrigada.
Mil beijos
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