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Aguarela da autoria de Silva Rocha in http://corepinceladas.blogspot.com/
Um violoncelo
persegue-me
com o seu forte canto dorido.
Olho para trás:
não o vejo, mas oiço-o
Avanço e procuro-o
no bosque.
Oiço-o, mas não o vejo.
Entro no azul do mar.
Mas também aí
Não o vejo, mas oiço-o.
É azul, o seu sofrido canto.
E envolve-me.
Envolve-me num abraço inefável.
Percebo, então,
que o seu planger
vem das nuvens.
E é azul.
Não o azul do céu,
mas o azul-azeviche
do cabelo de minha Mãe.
fernanda s.m
4 comentários:
Que belo!
Obrigada.
Como sempre em ti,a constante da sensibilidade aliada à saudade e à dor da perda.Como sempre em ti,a beleza da escrita.
Contigo
Rosário
Obrigada, Rosário ! Passa sempre, fico contente e grata pelo incentivo.
Beijos.
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