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acendias os dedos na chama radiante
dos deuses amaciando o doce canto
entre as colunas de mármore de colipo
vagueavas flamínia entre as trevas
o ritual deslumbrante e pacificador
acendendo o rasto secreto das estrelas
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exausta depois da chama divina incendiar
o seu espírito adormece agitada labéria
flamínia vinda das longas distâncias do sul
no jardim escondido de quem passa na rua
deserta febril prende a manta sobre o corpo
tão ínfimo da mulher virgem e maternal
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Nota introdutória do autor - nos princípios do século XVI, ainda existia no frontispício da primitiva Igreja de Santo Estêvão, em Leiria, uma lápide romana que dizia:«Lúcio Sulpício Claudiano fez à sua custa o funeral, deu lugar para a sepultura, e levantou esta estátua que lhe fopi concedida por decreto dos decuriões de Colipo a Labéria Gala, filha de Lúcio, flamínica de Évora e da província da Lusitânia ». ( Tradução de Silva Araújo ).
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No passado dia 3 de Dezembro, foi apresentado, na Biblioteca José Saramago, no Instituto Politécnico de Leiria, o livro de poesia de Orlando Cardoso « as uvas de Labéria Gala », obra distinguida com o 1.º prémio do Concurso de Literatura ( Categoria de Poesia ), organizado por este Instituto em 2007.
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