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O dia assenta em varas de cristal
Quatro são, mais o puro pensamento:
É esta quinta vara que lhe vale,
Erguendo-o, poderoso, bem ao centro.
Como tenda de circo que se instale
Sobre as cinco varas que eu invento,
O ar é pano de luz que desce lento,
E a manhã só se acende ao meu sinal.
Oh, cinco varas, cinco dedos d'alma,
Puxando o infinito para perto,
Pra que eu me perca no azul do ar.
Breve, minha inquietação se acalma
E o meu coração bate mais certo
Vou com a Luz quando o dia acabar.
António Simões
foto - "Madrugada" - de fernanda s.m.
1 comentário:
A cidade também tem recantos interessantes, mas o campo remete-nos sempre para o nosso paraíso perdido... Beijinhos.
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