05/04/2008

Porque hoje recordo ...


No jardim da minha Avó,
havia sol azul e perfume de laranjeira.


E éramos meninos a brincar.


No jardim da minha Avó,
havia o murmúrio embalador da fonte
escorrendo água e aroma verde de lúcia-lima.


E éramos jovens a sonhar.

Os sonhos subiram colinas, atravessaram rios nas planícies ...


No jardim da minha Avó
espera a agridoce malva rosa na sombra fresca da tarde.


Por onde se perdem as nossas ausências?


No jardim da minha Avó,
há o absurdo do silêncio esquecido.




texto e foto . fernanda s.m.

5 comentários:

Anónimo disse...

Como estrondeja, lá, no jardim da nossa avó mais querida, o absurdo do silêncio esquecido!

fernanda sal m. disse...

É verdade, Eli. Lembrando que fomos meninas e felizes. Esquecemos, por vezez, embrenhadas nos nevoeiros de dias menos luminosos, que houve já, outrora, sítios e momentos que foram a nossa « âge d' or ». E, quando os revivemos, sentimos paz e contentamento .
Um beijo para si e obrigada por visitar este meu novo espaço, também.

fernanda sal m. disse...

Gostei de ver como os seus "novelos" voltaram a resplandecer... E com cores fulgurantes.
Merece uma visita atenta.

http://novelosdesilencio.blogspot.com/

Unknown disse...

Lindo!
Gostei muito, Fernanda!

Parabéns pelo blogue!

Abraço

fernanda sal m. disse...

António, obrigada pela sua visita. Só agora o vi, pois tenho andado "ausente".

Gosto de o ver por aqui e prezo o seu comentário.
Abraço.