No jardim da minha Avó,
havia sol azul e perfume de laranjeira.
havia sol azul e perfume de laranjeira.
E éramos meninos a brincar.
No jardim da minha Avó,
havia o murmúrio embalador da fonte
escorrendo água e aroma verde de lúcia-lima.
E éramos jovens a sonhar.
Os sonhos subiram colinas, atravessaram rios nas planícies ...
No jardim da minha Avó
espera a agridoce malva rosa na sombra fresca da tarde.
Por onde se perdem as nossas ausências?
No jardim da minha Avó,
há o absurdo do silêncio esquecido.
texto e foto . fernanda s.m.
5 comentários:
Como estrondeja, lá, no jardim da nossa avó mais querida, o absurdo do silêncio esquecido!
É verdade, Eli. Lembrando que fomos meninas e felizes. Esquecemos, por vezez, embrenhadas nos nevoeiros de dias menos luminosos, que houve já, outrora, sítios e momentos que foram a nossa « âge d' or ». E, quando os revivemos, sentimos paz e contentamento .
Um beijo para si e obrigada por visitar este meu novo espaço, também.
Gostei de ver como os seus "novelos" voltaram a resplandecer... E com cores fulgurantes.
Merece uma visita atenta.
http://novelosdesilencio.blogspot.com/
Lindo!
Gostei muito, Fernanda!
Parabéns pelo blogue!
Abraço
António, obrigada pela sua visita. Só agora o vi, pois tenho andado "ausente".
Gosto de o ver por aqui e prezo o seu comentário.
Abraço.
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