06/10/2008

Balada de Outono.

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BALADA DE OUTONO


Sou uma folha perdida
Que desce tonta de sono
Para a terra prometida
No regaço do Outono.

Sou uma folha que voa
Sem saber de onde veio
Nem aonde vai parar
E que vai voando à toa
No seu errante passeio
Pelos caminhos do ar.

Como alguém que vai sozinho
Procurando companhia,
Pode ser que tu me escolhas
Entre tantas outras folhas
Que descem tontas de sono
Para a terra prometida
No regaço do Outono.

Pode ser que tu, ouvindo
O som de esta canção,
Me deixes, folha caindo,
Ficar em teu coração.


ANTÓNIO SIMÕES, in «SEIS LETRAS PARA CANÇÕES»
foto: fernanda s. m.

4 comentários:

Gabriela Rocha Martins disse...

um beijo

em tons de ouro

Anónimo disse...

É muito bonito este poema de Outono.

fernanda sal m. disse...

Beijo recebido, agradecido e retribuido. Gostou do poema do nosso Amigo Poeta ? Belo, não é ?

fernanda sal m. disse...

Também acho, João; ainda bem que gostou. Obrigada pela sua visita.