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Não precisamos de muita coisa
Não precisamos de muita coisa
um pouco de sol e as Berlengas no horizonte
a tarde escorrendo na cafetaria
os nossos olhos lentos e as vidraças
subitamente acesas no esplendor das
bátegas
um bando de patos selvagens erguendo-se
da lagoa
quando sairmos e ao vento frio ofertarmos
a nitidez dos lábios cercados
pela melancolia da tarde que se nos finda.
E à noite talvez as mãos
ardidas de saudade e em surdina
uma canção de Ella e Louis Armstrong.
Um texto de Soledade Santos que dedico à Mindocha lembrando os tais pequenos prazeres de que falávamos ontem . Um grande abraço às duas..
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foto de fernanda s.m.
6 comentários:
Fernanda,
Seus "pequenos prazeres" são, paradoxalmente, imensos prazeres. Eu também tenho os meus. Um desses é tomar um café quentinho, amargo, olhando sempre por uma janela o longe. E são dois os prazeres: um que me entra pela boca, outro, pelos olhos. Não sei qual o melhor.
E foi o mesmo ao chegar a esse "Estrela da Madrugada": gosto de café temperado com paisagem.
Eliane F.C.Lima (http://conto-gotas.blogspot.com; http://poemavida.blogspot.com;http://literaturaemvida2.blogspot.com)
Obrigada, Eliane. Fico contente por lhe terem agradado estes pequenos prazeres. Passei pelos seus blogues e gostei do que li. Vejo que até somos colegas de profissão e de disciplina. Peço licença, para, com os devidos créditos ( sempre! ) publicar um miniconto seu encontrado no blog "conto-gotas". Poderá ser ?
Um abraço.
um excelente poema muito bem acompanhado por uma fotografia de alguém que já se tornou uma "craque"
.
um beijo
Beijinhos Maria Gabriela, pelo seu comentário que SÓ Agora li, Amiga.
grande poema, soledad. A sério.
A mindocha de ter ficado grata :)
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